Enquanto uns reclamam do salário, outros vão ganhar R$2.100,00 a mais por fazer pós-graduação

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14/05/2025 Bullying Escolar, Compliance Escolar, Formação continuada, Programa Mais Professores, Valorização docente

O governo federal acaba de anunciar um importante investimento na valorização da carreira docente: o Programa Mais Professores, que prevê a concessão de 8 mil bolsas no valor de R$ 2.100,00 para educadores da educação básica. O benefício funcionará como um complemento salarial, com duração de até dois anos, e está previsto para começar a ser pago no segundo semestre de 2025.

Durante o período de vigência da bolsa, os professores selecionados deverão cursar uma pós-graduação lato sensu voltada à docência, com foco específico nas áreas de maior carência, como matemática, ciências e português nos anos finais do ensino fundamental e ensino médio. A coordenação do pagamento ficará a cargo da Capes, em parceria com as redes públicas de ensino, que serão responsáveis pela seleção dos participantes conforme critérios do Ministério da Educação.

Um dos fatores considerados prioritários será o índice de inadequação da formação dos docentes nas disciplinas que atuam, com base em dados do Inep. Cidades de menor renda e escolas em áreas rurais também terão preferência na distribuição das vagas. Segundo o Censo Escolar de 2023, apenas 30,5% dos professores em zonas rurais possuem licenciatura na área em que ensinam — nas zonas urbanas, esse número sobe para 68,4%.

O programa também prevê outras frentes de ação, como o Portal de Formação, a Prova Nacional Docente (PND) e o projeto Pé-de-Meia Licenciaturas, além de parcerias com bancos públicos para concessão de benefícios financeiros e descontos em hospedagens. As redes de ensino interessadas deverão aderir ao programa por meio de um chamamento público, informando suas necessidades e o número de vagas disponíveis. Poderão se candidatar licenciados e bacharéis com formação pedagógica.

Embora a medida seja vista como um passo relevante para a valorização do magistério, especialistas como Beatriz Cortese, diretora-executiva do Cenpec, avaliam que a inclusão de bacharéis ainda é paliativa. Segundo ela, muitos desses profissionais podem não permanecer na carreira após o fim da bolsa.

Para Ana Paula Siqueira, especialista em bullying e referência nacional em compliance escolar, a iniciativa precisa vir acompanhada de formações que também abordem temas urgentes como a violência escolar, o uso responsável da tecnologia e a proteção digital dos estudantes. Ela destaca que o investimento na formação docente é essencial, mas precisa ser integrado a políticas mais amplas de acolhimento e prevenção dentro das escolas.

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